Freio a disco hidráulico

sexta-feira, 26 de agosto de 2011



      Hoje, eu estava no trabalho e surgiu um debate sobre como se deve frear a bike em caso de emergência.

      Minha bike tem freio a disco hidráulico.

     Outro dia, vinha pedalando a uma distancia de 1,5 m, mais ou menos, atrás de um carro. Confesso que eu estava meio distraído, pensando não sei no que, quando de repente o carro parou na minha frente. Tive que "chamar na borracha", mesmo minha bike não tendo nenhuma. Como sou destro, automaticamente apertei a manete do freio traseiro. O freio é bom demais, chega a ser exagerado. Tanto que o pneu cantou e derrapou. Virei pra direita ainda a tempo do bar hand bater na lanterna do carro. Entre assustado e puto (sem razão) com o motorista do carro, passei do lado dele, tentei ver quem era, mas o vidro era fumê e não deu pra ver nada. Melhor assim. Quando cheguei em casa, além de refletir sobre a minha vacilada, que, como qualquer outro veiculo, devo manter uma certa distancia do veiculo que vai a frente, fiquei pensando se freei corretamente, se o certo não seria usar o freio da frente.

     No outro dia, fiquei testando freadas com o freio da frente. Pegava uma boa distância, pedalava bem e freava bruscamente. O que eu vi, foi que ao frear, os amortecedores dianteiros absorvem o impacto e a bike para imediatamente sem derrapar. É claro que o teste foi feito no asfalto e sem a questão do reflexo/susto que passei no dia anterior.

Então hoje eu fiz uma pesquisa básica e encontrei esse artigo do site Euvoudebike.com explicando, entre outras coisas, sobre freios de bike e como se deve frear. Certamente foi de grande ajuda pra mim e deverá ser pra muita gente que está "aprendendo" a andar de bike como eu.



Aprenda a frear corretamente 






     Quando começamos a andar de bicicleta, uma das coisas que mais fazemos é frear! E, infelizmente, é uma das coisas que mais fazemos da maneira errada.
Frear corretamente e sem desgastar os componentes das bicicleta envolve muitas variáveis! Dentre essas variáveis estão o tipo de freio (“cantilever”, “v-brake”, a disco, entre outros), o tipo e a condição do terreno em que estamos pedalando (asfalto, terra, areia, etc), e o tipo de bicicleta que estamos conduzindo.
 
     Não temos o objetivo de fazer uma discussão técnica sobre qual o tipo de freio é melhor ou mesmo técnicas utilizadas em ambiente competitivo. Nossa ideia é fornecer alguma dicas para que você possa otimizar esta tarefa rotineira e crucial para quem “vai de bike”!

     Para obter uma boa frenagem, é necessário estar com os pneus em dia, bons freios (com boas “sapatas” ou bons discos, dependendo do caso), boas rodas e, principalmente, manter o conjunto sempre limpo e bem regulado. O posicionamento errado do conjunto de freios compromete a eficiência de todo o processo, qualquer que seja a qualidade das peças.

     O ideal é frear sempre nas retas, para obter a maior tração possível do conjunto. A posição dos manetes dos freios deve estar sempre o mais próximo possível do avanço do guidão, pois o ideal é que nossos dedos estejam nas pontas dos manetes, e não no meio, pois com isto temos mais força de alavanca e, portanto, menos desgaste físico.




Posição ideal dos dedos no manete do freio


     Em termos de terreno, o ideal é sempre dar prioridade para frear em terreno mais seco e firme. Ou seja, em dias de chuva ou garoa, devemos diminuir nossa velocidade e sempre procurar antecipar as reações dos outros veículos em nosso entorno. Se estiver pedalando na terra, escolha a parte mais seca do solo, com menos vegetação e umidade. Acredite: isto pode fazer toda a diferença entre “tomar um chão” ou não!

     O excesso de frenagem também pode provocar acidentes. Procure olhar sempre para onde se está indo, o mais “para frente” possível. Isto diminuirá a sensação de velocidade pois ao olharmos mais perto de onde estamos, parece que estamos indo “muito rápido” e tendemos a frear mais.

     Assim como nos veículos a motor, o ideal é trabalhar com as marchas e com a velocidade, freando o mínimo possível. Com a experiência, percebemos que cada lugar tem a sua velocidade. E, ao trabalharmos desta maneira, poupamos os componentes da bike.


A eficiência dos freios

 

     Somente para referência, um bom conjunto de freios deve ser acionado, em situações normais, somente com um dedo, e nas emergências com dois dedos. Se você tiver que fazer maior esforço que este, provavelmente está com algum problema em seu sistema e o ideal é ir a uma oficina de sua confiança para resolver o problema.

     Por incrível que pareça, o freio dianteiro é o mais eficiente para parar a bicicleta. Procuramos sempre trabalhar em média com 65% de apoio no freio dianteiro e 35% no freio traseiro. A importância de trabalhar os dois freios “em conjunto” é muito grande, pois, apesar do freio dianteiro ser o maior responsável por “parar” a bike, o freio traseiro é que fornece a “firmeza” no trajeto e na direção da bicicleta, e que também vai garantir a tração da bike para que o dianteiro possa atuar.






     Devemos evitar sempre o travamento das rodas, que quase sempre é seguido por uma derrapagem e uma possível queda. Se precisar frear bruscamente, “trave” a roda traseira, mas nunca a dianteira. E ao fazer isto, procure jogar seu corpo para trás, como se quisesse “puxar” a bike. Aliás, a posição do corpo afeta e muito a bike no momento da frenagem. Quanto mais peso houver sobre a roda traseira, maior será a tração com o solo, fazendo você parar com mais eficiência.

      Por exemplo, se estiver descendo um trecho inclinado e precisar frear, saia do selim e movimente seu corpo para trás, fazendo com que todo seu peso se desloque para a roda traseira. Em trechos mais técnicos, principalmente em trilhas, chegamos até a ficar com o corpo atrás do selim, modificando o centro de gravidade da bicicleta. Mas para o uso cotidiano, e principalmente urbano, isto não se faz necessário.

     E só para lembrar, o freio dianteiro é sempre do lado esquerdo, do lado do coração! E o traseiro do lado direito. Acredite: já vi muito ciclista cair por se confundir na hora de frear…

     Além das dicas acima, sempre mantenha seu olhar para a frente, prevendo o que acontece no entorno, os obstáculos e as reações dos outros veículos e pedestres. Fique sempre atento aos pedestres, que quase sempre atravessam na frente das bicicletas por não terem ideia de que a bike normalmente “chega” até eles antes do que eles previram, devido a velocidade em que se desloca. Este é o motivo mais comum de acidentes entre ciclistas e pedestres, principalmente nos parques, onde muitas vezes todos estão mais desatentos do que o usual.

     Conluindo, utilize sempre seus freios com equilíbrio e segurança!







     De bonus, abaixo, vai um videozinho da Shimano sobre freios a disco - óleo mineral.




Abraço.


Warley.

3 comentários:

Kelzinha. disse...

Adorei o post!
Fiquei aqui lembrando das minhas frenagens no sertão....muita adrenalina...parecia que o freio a disco ia sair faísca..rss.. E o medo de cair no arame enfarpado? Tem que saber frear, tem que saber cair também... E toda atenção é pouca quando se está numa rodovia movimentada.

Bjs

Kelzinha

Amand@ disse...

poxxa também quero ir deve ser muito legal..pelas fots!!adorei

Amand@ disse...

adorei

:) :( ;) :D ;;-) :-/ :x :P :-* =(( :-O X( :7 B-) :-S #:-S 7:) :(( :)) :| /:) =)) O:-) :-B =; :-c :)] ~X( :-h :-t 8-7 I-) 8-| L-) :-a :-$ [-( :O) 8-} 2:-P (:| =P~ :-? #-o =D7 :-SS @-) :^o :-w 7:P 2):) X_X :!! \m/ :-q :-bd ^#(^ :ar!

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